E que venha o Quinto Poder

A matéria é um pouco desatualizada, porém a notícia ainda não envelheceu. O renomado professor do Knight Center of Journalism in the Americas, Carlos Castilho, esteve presente no Sense Maker Conference em São Petersbugo, Flórida, e trouxe de lá a novidade que pretende abalar os estudos e rumos da Comunicação. O Quinto Poder enfim foi revelado e batisado, porém em seu conceito mais simplório.

Enquanto o Quarto Poder compete com os outros poderes sua área de influência, o Quinto Poder não compete, nem disputa furo, sequer está preocupada em cativar os valores instituídos pelo Legislativo, Executivo e Judiciário. Como diz Carlos Castilho, ele tem seu lado “eclético e emergente”.

A definição de Quinto Poder, elaborado no Sense Maker é a seguinte: “...o novo poder não é uma instituição formal, e provavelmente nunca o será, mas sim um aglomerado cuja marca registrada parece ser o ecletismo dos participantes, a forma quase caótica como se eles se agrupam e a agenda pouco convencional”.

O Quinto Poder é o que estamos acostumados a presenciar no nosso dia-a-dia, são os Twitters, os Blogs, as páginas pessoas em mídias sociais onde o usuário produz notícia, informação e acrescenta a ela a opinião – coisa “vedada” ao jornalista. É claro que a mídia convencional tenta disputar audiência com o novo Quinto Poder, querendo se antecipar a eles e por vezes usar das mesmas ferramentas (redes sociais em sua maioria).
 
O novo poder, na minha opinião, já é um fato real e totalmente palpável e perceptível. Quem não se lembra da briga dos jornalões Folha e Estado de São Paulo contra o Blog da Petrobrás no ano passado? Uma mídia social divulgando o material da mídia convencional antes do dead line.

Quem não se lembra do site do Presidente do Senado, que dava resposta a todas as noticias “inverídicas” noticiadas pela mídia? José Sarney manteve respostas a  todas as matérias que afrontavam a sua índole, chegando até a mandar uma carta ao New York Times.

Sem falar no movimento #foraarruda e as eleições no Irã relatadas pelo Twitter. Não foram elas também uma legítima manifestação do Quinto Poder?            

Esses são fatos que tornam mais evidentes a discussão desta nova tendência. A diferença deste poder para os demais é que ele não vem para se sobrepujar a outros, mas apenas para dar voz e maior participação dos cidadãos no espaço/físico político, onde as questões e princípios são discutidos. A informação, direito fundamental do cidadão, está próximo dele e pode passar a fazer parte do seu cotidiano e ser fabricado por ele.

Porém ainda há conceitos e objetos a serem estudados e definidos. O caso da ausência da objetividade e o fator de credibilidade são alguns deles, e serão alvos de outros posts que estão por vir. Aguardem.

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no século XV

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