Enfim acabou o Pan!

Acabou. Nem acredito nisso, mas acabou. Uma hora tinha que acabar não é?!

Mas o que adiantou acabar? Acho que nada. O dinheiro faturado por Carlos Nuzman e seus amigos, por autoridaes do Rio, pela elite carioca continua o mesmo. Teremos muito elefantes brancos agora, e uma desigualdade social acentuada.

"Que isso, tivemos o patriotismo do povo brasileiro!", me disse alguém. Ai, ai. Se ao menos soubessesm o que é ser patriota. Não é tão fácil assim quanto pensam. Primeiro que a principal característica do patriotismo é o respeito. E isso falta de monte no povo brasileiro. A maioria deles são individualistas, querem o seu próprio benefício, não importa se para isso é necessário que mais nordestinos morram de fome. Individualismo não é patriotismo. Não é mesmo.

"Tivemos medalhas de ouro e reconhecimento dos nossos atletas". Eu digo que tivemos a alienação abundante, o eufemismo da miséria, o abuso da inocência, o teatro da lealdade e o esquecimento do mundo.

"Mas quem vive de medalha é santo, isso não é o mais importante. A inclusão social é o grande feito do Pan. Só durante o mês de julho foram abertas oitocentas vagas de flanelinha no Rio. E, com os engarrafamentos colossais, a venda de biscoito Globo nos sinais de trânsito triplicou. É a pujança da economia carioca. Então, pessoal, esporte é vida ou não é?", disse Cesar Cardoso em "Pan e Circo" na revista Caros Amigos.

E é isso mesmo. Agradeçamos a quem financia a desigualdade social. Vaiemos pouco, porque o benefício que eles nos trazem é muito grande.

As vezes acho que sou cabeça dura de insistir nessa luta, mas aí me lembro que sou patriota, e a luta volta a fazer sentido.

Ana Paula Bessa

1 comentários:

Eduardo Braga disse...

Até ri lendo seu post.

Muito parecido.

Dava até pra fundir o Provocações com o Blog do Braga.

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E disse Rousseau...

"Portanto, nunca se saberá com quem se está lidando: será preciso, pois, para conhecer o amigo, esperar as grandes ocasiões, ou seja, esperar que já não haja tempo para tanto, uma vez que é para essas mesmas ocasiões que seria essencial conhecê-lo."
no século XV

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