Abertura dos jogos Pan-americanos

"Meu Deus, que cores, que roupas, que beleza, que elgância"", pensei eu ao começar a assistir a abertura dos jogos Pan-Americanos no Brasil. Mas enganei-me ao ver a cena que não queria ter visto: as vaias ao presidente Lula.Não, isso não se faz.

Declarei-me nesse blog abertamente contra os jogos Pan-americanos justificando-me com o blog do Juca e do José Trajano, mas quando comecei a assistir vi que pelo menos os jogos produziam um patriotismo temporário nos cidadãos brasileiros. Mas quando ouvi e vi as vaias, percebi que os brasileiros não sabem o que realmente é patriostismo. "Verás que o filho teu não foge a luta" cantou Elza Soares, e escreveu Francisco Manuel da Silva. Isso é patriotismo, acontença o que acontecer sou brasileiro, não fugirei à luta. As vais não demonstraram isso. Demonstraram um povo com nenhuma vontade de ser brasileiro, porque se tivessem não humilhariam o próprio presidente, não em uma cerimônia internacional como esta. Mas, para aqueles que me chamarão de autoritária, digo que estamos em um país "democrático" e essa expressão é fundamental para que essa democracia seja notada. Digo também que a maior expressão dessa democracia é o voto. Se não estamos satisfeitos com os feitos do atual presidente, votaremos e colocaremos quem nos convir. E através do voto colocaremos quem nos agrada e não precisaremos vaiá-lo publicamente. Para mim as vaias são explicadas também por outro fator. Quem estava assistindo a abertura pagou muito caro para isso, menos de 200 não foi. Então, isso explica muito coisa. Mais uma vez a elite demonstrando o seu individualismo. O que mais me deixou chateada é o presidente ser vaiado e o governador do estado do Rio de Janeiro ser aplaudido. É isso aí, aplaudamos quem deixa a violência rolar solta no Rio.
Ao chegar ao final da abertura ouvimos Chico César cantar uma música sobre paz, e ouvi o comentarista da Record (recuso-me a assistir qualquer programação da Rede Globo, assisto aos jornais porque é necessário) dizer o seguinte: "É isso mesmo, vamos clamar por paz,o Rio precisa disso". Mais tardar veio Daniela Mercury com "Cidade Maravilhosa", e o comentarista da Record voltou a dizer: " Que a cidade do Rio volte a ser a cidade maravilhosa que foi antes, cheia de encantos e com muita paz. Sem violência sem tantos mortos". O Rio, historicamente nunca foi uma cidade maravilhosa, pergunte a Machado de Assis. Leiam " O Cortiço" e verão o que foi a cidade do Rio e qual é a diferença nos dias de hoje. Não adianta falar de paz dessa forma, há com certeza conflito de interesses. Nem todos desejam a paz no Rio e com certeza esse comentarista não deseja a paz no Rio, essas grandes empresas financiam as guerrilhas e guerras e não é de hoje.
Vamos parar de pessimismo. Tirando a música tema do Pan, todas as outras músicas foram belas. A coriografia final estava linda. A Adriana Calcanhoto linda, delicada, deslumbrante. Sentanda naquela cadeira, com os pés descalços e cantando lindamente músicas que nos retomam sentimentos inocentes. Foi belo. Confesso que não gostei da Elza Soares cantando o hino, prefiro a Fafá de Belém, mas tudo bem.

Nesse momento, enquanto termino de escrever esse texto, entrei no Bolg do Braga e vi que não estou sozinha em relação às vaias ao presidente. Podem comprovar.

Falta patriorismo nesse Brasil. Mas, será que o povo brasileiro está pronto para ser patriota? Talvez não. Esse acontecimento só fez aumentar o meu apoio ao Senador Cristovam Buarque e aguçar a minha mobilização social pela Educação. Através dela conseguiremos contruir brasileiros prontos para o patriotismo.

1 comentários:

Eduardo Braga disse...

Quanta afinidade de pensamento!
=)

Quantos estão aqui

Twittando

Twittando

Pergunta aê!

Redes Sociais

Minhas Publicações

Não sou otária!

Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau

E disse Rousseau...

"Portanto, nunca se saberá com quem se está lidando: será preciso, pois, para conhecer o amigo, esperar as grandes ocasiões, ou seja, esperar que já não haja tempo para tanto, uma vez que é para essas mesmas ocasiões que seria essencial conhecê-lo."
no século XV

Seguidores