Marilene Felinto

Marilene Felinto fala sobre o espancamento da empregada Sirlei no Rio no texto " Desumanizando a empregada-puta", divulgado na revista Caros Amigos.


" É a juventude da classe alta carioca seguindo o exemplo dos tambpem jovens da classe alta brasiliense, dos filhos de juízes e "autoridades" que, dez anos atrás, queimarm vivo um índio que dormia num banco de ponto de ônibus. A conduta dos jovens cariocas e brasilienses tem bem as características criminosas da 'ordem social' injusta, marginalizante e opressora (Luiz Antonio Cunha, 1978) que o Estado / TV Globo se encarredam de manter intocada: nesta 'ordem social' não cabem as empregadas domésticas nem as prostitutas moradoras das favelas nos morros. Elas precisam ser exterminadas. Nesta 'ordem social' só cabem os embrutecidos rapazes dos condomínios de luxo da Barra da Tijuca ( os mocinhos das novelas e das "Malhações" da televisão), só cabem os rosados atletas norte-americanos e canadenses que estão chegando para os jogos Pan-Americanos - com os quais a Globo vai faturar muito dinheiro disfarçado de patriotismo.

(...)

Os espancadores da empregada Sirlei estão sendo formados nesse ambiente onde a relação com a educação é na forma do consumismo, onde a educação é reduzida, pela universidade midiática, à vulgarização de produto de luxo estrangeiro e 'supermoderno', onde a escola deixou de ser um espaço de socialização para se tornar um espaço de 'malhação'."

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Jean-Jacques Rousseau

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E disse Rousseau...

"Portanto, nunca se saberá com quem se está lidando: será preciso, pois, para conhecer o amigo, esperar as grandes ocasiões, ou seja, esperar que já não haja tempo para tanto, uma vez que é para essas mesmas ocasiões que seria essencial conhecê-lo."
no século XV

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