Apenas o tempo passa, as coisas parecem não mudar
" Hoje nós temos um inimigo violento que não é mais a polícia federal como censura. É a mídia, não é? Então, quando a mídia te marginaliza, você está marginalizado, você não é notícia. Então, você veja, por exemplo, a minha última peça A balada de um palhaço estreou no Zero Hora, que eu atribuo a minha melhor peça, com um trabalho deslumbrante da Valderez de Barros, que a crítica, a pouca que foi assistir e, por exemplo, o trabalho do Petrim era considerado o melhor da carreira dele e da Valderez considerado perfeito. Tinha o trabalho do Valfoli, da Vasperti, do Guga, as músicas do Léo Lama, gente profissional. De repente, foi esnobado, por exemplo, pela revista Veja, que resolveu não noticiar, não mandou nem seu crítico assistir à peça, porque eles não noticiam teatro alternativo. Então, você veja como acontece: por exemplo, a Folha de São Paulo levou 15 dias para noticiar que a peça estava em cartaz. No Jornal da Tarde, por exemplo, tem um grilo lá... O Edson é meu amigo, meu camaradinha de bar, mas tem um grilo lá, que eu não sei qual é, que eles não noticiam coisas nossas. Então, por exemplo, veja bem, recentemente o Sábado Magaldi fez uma grande reportagem sobre Os dois perdidos, que é de 1966, e eu dizia para ele: fala da 'Balada de um palhaço', que você gostou e que mandava seus alunos lá da Europa, de Paris, escreverem carta pedindo a peça, porque achava que a peça era importante, e ninguém fala desta peça."
Plínio Marco, em entrevista no programa Roda Viva em 15/2/1988.
Plínio Marco: autor consagrado do teatro brasileiro.
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Pergunta aê!
Jean-Jacques Rousseau

E disse Rousseau...
no século XV
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